As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente

As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente

Artes visuais
Carla Filipe (Vila Nova da Barquinha, 1973)
- Autor

Descrição:
As esposas e mulheres (mulher anónima) de um corpo político ausente sob uma artificialidade de um corpo presente é uma obra da autoria da artista portuguesa Carla Filipe (Vila Nova da Barquinha, 1973), datada de 2022. Constituída por seis Bandeiras, a obra coloca em destaque períodos, movimentos e figuras que, na história recente de Portugal, são identificadas com a luta pela liberdade, a justiça social e a emancipação da mulher. A partir do registo áudio da visita guiada, realizada pela artista, aquando da inauguração da exposição “Confissões de uma Baptizada”, no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, a 24 de setembro de 2022, da qual a obra em questão foi parte integrante, é possível identificar diversos daqueles momentos e figuras. No contexto revolucionário do 25 de abril, a Frente de Libertação dos Açores (FLA) e o Processo Revolucionário em Curso (PREC) são dois dos movimentos referidos nesta obra, identificando e destacando a presença das mulheres nas multidões e o papel que desempenham nas mudanças sociais. A edição dos arquivos da FLA, na Ilha Terceira, por exemplo, mostra a presença ativa das mulheres, muitas vezes subestimada ou ignorada. Carla Filipe identifica na Bandeira n.º 2 os rostos de mulheres nas multidões, sobrepondo-os aos dos homens, afirmando a sua presença na luta revolucionária e a sua importância nos movimentos sociais e políticos. Noutras Bandeiras, são evidenciadas figuras femininas, como Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004), primeira-ministra de Portugal do V Governo Constitucional, defensora da emancipação e independência das mulheres, e também Catarina Eufémia (1928-1954), trabalhadora agrícola alentejana, assassinada durante uma greve de assalariadas rurais, cuja morte se tornou um símbolo de resistência política. Outro aspeto realçado na obra de Carla Filipe é a revista Seara Nova, fundada em 1921 por Raul Proença e um grupo de intelectuais portugueses, a quem se deve a divulgação de um ideário progressista. A revista destacou a ruralidade e a presença das mulheres no campo, em paralelo com os estudos de Maria Lamas sobre as mulheres portuguesas e a sua participação na esfera pública. Uma representação visual da Seara Nova está presente numa Bandeira, em que a figura de uma mulher grávida tem como pano de fundo a terra estéril, simbolizando a contradição entre a infertilidade da terra e a fertilidade da mulher e sublinhando a esperança e o potencial de renovação social e política. Realçar a presença das mulheres no passado revolucionário de Portugal inspirará também os esforços presente e futuro, no sentido de maior justiça social e igualdade de género.
Dimensões:
Cada Bandeira : A. 200 x L. 115 cm
Nº de Inventário:
ACAC 00120
Data de produção:
2022
Material e técnicas
Impressora digital, latex e tecido - 5 bandeiras - impressão digital, latex sobre tecido 180gms

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