Contador de células

Ciência e Tecnologia

Título Alternativo:
Contador de células - Adams
Descrição:
Este aparelho integra a Unidade de Gestão de Ciência e Tecnologia do Museu de Angra do Heroísmo, mais especificamente, a reserva denominada Laboratório Dr. Henrique Henriques Flores. Esse espaço consiste numa reconstituição do laboratório de análises clínicas que pertenceu ao Dr. Henrique Henriques Flores (1907-1985) e no qual iniciou funções na década de trinta do século XX, após concluir a licenciatura em Medicina e Cirurgia, em 1931, com uma média de 19 valores. Este laboratório, tanto quanto se sabe, foi o primeiro a ser estabelecido nos Açores e localizava-se na cidade de Angra do Heroísmo, mais concretamente, na Rua da Sé e, posteriormente, na Rua Direita (Fagundes, 2021: 12-13). A doação do espólio a este Museu foi efetuada, em 2016, pelo filho, Dr. José Henrique Simões Flores, também médico-cirurgião. Consiste num contador de células, o qual, tal como a sua nomenclatura indica, permitia a contagem e o registo, em contexto laboratorial, de oito tipologias de células. Estas oito tipologias estão escritas, com abreviaturas, no próprio contador, em inglês, uma vez que este espécime foi produzido nos Estados Unidos da América (Clay-Adams Co. Inc). São as seguintes, da esquerda para a direita (Medical Lab Lady Gill, 2017): Baso (basophils - basófilos); Eosin (eosinophils - eosinófilos); Myelo (myelocytes - mielócitos); Juven (juvenile myelocytes – mielócitos juvenis); Stab (stabs/bands - neutrófilos imaturos); Seg (segmented neutrophils – neutrófilos); Lymph (lymphocytes - linfócitos); Mono (monocytes - monócitos). Para o registo de cada célula, o utilizador tinha de premir a respetiva chave. Ao ser premida, não só era adicionado o registo de mais uma célula, no visor associado à sua contagem, mas também era adicionado esse mesmo registo no visor associado à soma total de células contadas, localizado na extremidade direita (Etsy, sd; Hawksley, sd). Em cada visor de contagem da respetiva célula, o número novecentos e noventa e nove era o máximo possível de ser atingido e a saliência circular, na extremidade esquerda, ao ser rodada, permitia recolocar os zeros nos nove visores, ou seja, a contagem de células podia ser reiniciada. Para além destas funcionalidades, ao ser atingido o número cem no visor da soma total, o contador emite um som que notificava quem estivesse a utilizar este espécime, podendo, este último, através de uma rápida verificação dos restantes oito visores, inteirar-se da percentagem de cada tipologia de célula presente na amostra analisada (Hawksley, sd). A emissão desse som também decorre ao serem alcançados os números duzentos, trezentos e assim sucessivamente. Este espécime tem oito chaves, embora também existam contadores com cinco chaves (Etsy, sd; IndiaMART®, sd). Atualmente, nos laboratórios, já são usados sistemas modernos e a contagem das células é efetuada em teclados de computador (Medical Lab Lady Gill, 2017). Nota: este texto visa apenas dar a conhecer alguns conteúdos histórico-culturais sobre este espécime (Contador de células – MAH.2016.2802) do acervo do Museu de Angra do Heroísmo. Não corresponde a qualquer orientação ou sugestão na área da saúde, as quais devem ser providenciadas por médicos.
Dimensões:
A. 5,2 x C. 26,9 x L. 8,3 cm
Nº de Inventário:
MAH.2016.2802
Data de produção:
Séc. XX (década de 50)
Material e técnicas
Material sintético, metal e papel
Entidade relacionada
Museu de Angra do Heroísmo

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