Dólman
Texteis e Indumentária
Descrição:
Dólman de Oficial do Corpo do Estado Maior do Exército Português, do plano de uniformes de 1948, com golas abertas. Possui nas mangas divisas de Coronel, em fita de gorgorão preta, com aplicação de fitas de galão douradas e dois botões em cada punho, idênticos aos dos bolsos. Nos ombros, estão aplicadas platinas que também fecham com botão. Nas lapelas tem aplicadas as insígnias do Estado Maior.Pertenceu ao Coronel Ângelo Ferrari, chefe do Estado-Maior da GNR, aquando do movimento revolucionário de 25 de abril de 1974.
Nesse dia, o Coronel Ângelo Ferrari, leal ao regime cessante, recebeu no Quartel da GNR, no Largo do Carmo, o professor Marcello Caetano e o comandante Adriano Coutinho Lanhoso. A permanência do Presidente do Conselho nesta unidade da GNR desencadeou um telefonema do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas, instalado no quartel da Pontinha, por parte do então Major Otelo Saraiva de Carvalho, apelando à sua rendição. Porém, como forma de ganhar tempo, o Coronel Ferrari respondeu ao telefonema, desmentindo a presença de Marcello Caetano no Quartel do Carmo, afirmando que o mesmo não se encontrava naquela unidade, até à chegada do Capitão Salgueiro Maia.
Portuguese Army Staff Officer's Dolman, from the 1948 uniform plan, with open collars. The sleeves have colonel's stripes in black grosgrain ribbon, with gold galloon ribbons and two buttons on each cuff, identical to those on the pockets. Epaulets are attached to the shoulders and also buttoned up. The insignia of the General Staff is applied to the lapels.
It belonged to Colonel Ângelo Ferrari, Chief of Staff of the GNR, during the revolutionary movement of April 25, 1974.
On that day, Colonel Ângelo Ferrari, loyal to the resigning regime, received Professor Marcello Caetano and Commander Adriano Coutinho Lanhoso at the GNR barracks in Largo do Carmo. The presence of the President of the Council in this GNR unit triggered a telephone call from the command post of the Armed Forces Movement, installed in the Pontinha barracks, from the then Major Otelo Saraiva de Carvalho, demanding his surrender. However, in order to gain time, Colonel Ferrari answered the call and denied Marcello Caetano's presence at the Carmo barracks, stating that he had not been at that unit until Captain Salgueiro Maia arrived.
