Clarim
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Clarim

Instrumentos musicais
Custódio Cardoso Pereira & C.ª, Lda
- Autor

Descrição:
Clarim, este instrumento de bocal, de tubo liso, procede da tuba romana e é antecedente do trompete (clarim de pistões). O seu tubo é um pouco mais estreito que o da corneta, produzindo por isso sons de timbre mais claro e mais brilhante. Ao serviço do exército, o Clarim emprega-se nos sinais de ordenança de cavalaria e artilharia. Admitido nas Bandas Militares, Orquestras, Charangas e Fanfarras, em competência com o cornetim, é hoje, como todos os instrumentos de bocal destes agrupamentos se servem, munido de pistões. Não se pode falar de Música Militar nem sobre Bandas Militares sem fazer referência a um elemento tão importante como o Clarim, instrumento que está ligado às origens da Música Militar. Mas se o Clarim está na origem de toda a trajetória da Música Militar, está-o muito mais no que diz respeito à Música Militar da cavalaria. Este instrumento foi adotado na reestruturação dos exércitos europeus durante o século XVIII, que seguiram as inovações bélicas do estado da Prússia, a monarquia mais militarizada da Europa desse período. No caso de Portugal, a reestruturação do exército ao modelo prussiano decorreu entre 1762 e 1764, sob as ordens do conde Schaumburg-Lippe. Num ambiente de fumos, disparos, gritos e de grande confusão seria complicado obedecer às ordens dos superiores através de ordens verbais, uma vez que estas seriam inaudíveis. Assim o novo modelo exigia novos elementos. Foi necessário acrescentar instrumentos musicais ao campo de batalha: o Clarim e o Cornetim. O Clarim, tocado pelo músico também denominado Clarim, destinava-se à transmissão das ordens às forças de cavalaria. Os instrumentos musicais destacados no meio dos combates desempenhavam funções estritamente operacionais. O Clarim possui uma gama de notas agudas, dando-lhe um timbre mais estridente que o cornetim. A presença dos músicos passou a estar obrigatoriamente associada a cerimónias, funções e deveres militares. Os músicos militares passaram a estar presentes nas cerimónias que gradualmente se foram desenvolvendo fora dos quartéis, com vista a desempenhar funções cerimoniais e sociais, de modo a projetar uma imagem positiva dos militares e da sua relação com a população civil. A importância dos Clarins e Corneteiros foi crescendo. Tal era a sua importância no quadro das performances militares que levou à necessidade de serem criados cursos específicos para a formação deste tipo de músicos. Nos quartéis de recruta e formação do exército mantem-se a tradição da transmissão de ordens através da execução dos toques de Clarim ou Cornetim. Este fato evidencia a importância que têm a manutenção e transmissão integral da tradição militar para os recrutas, futuros militares, se ambientem ao mundo militar, fazendo parte até do ritual de passagem do deixar de ser recruta a militar.
Dimensões:
A. 41 x C. 14 x C. 10 cm
Nº de Inventário:
MAH.R.2016.2676
Data de produção:
Séc. XX
Material e técnicas
Metal e couro
Entidade relacionada
Museu de Angra do Heroísmo

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