Agulha hipodérmica
Ciência e Tecnologia
Autor desconhecido
- AutorDescrição:
O ser humano, de acordo com a teoria dos humores, de Hipócrates, só estaria com saúde se existisse equilíbrio entre os quatro humores do corpo, que eram a melancolia, a bile amarela, a fleuma e o sangue (Figueiredo & Abreu, 2010). Quando este equilíbrio não existia na pessoa, esta adoecia. Para a cura das doenças era habitual o uso de instrumentos específicos, tais como, as lancetas, os escarificadores, os aquários de sanguessugas e as ventosas (Figueiredo, 1999; Museu da vida, 2014). Estes instrumentos permitiam aos sangradores/barbeiros-sangradores a execução de sangrias, que, na prática, eram venissecções (Museu da Farmácia, sd). As venissecções consistiam em incisões nos vasos sanguíneos, que cortavam as veias e os capilares que se encontravam à superfície da pele (Museu da Farmácia, sd). A Europa e os Estados Unidos da América, durante os séculos XVIII e XIX, destacaram-se na aplicação deste procedimento (Evans, 2016).As agulhas hipodérmicas também eram utilizadas para a recolha de sangue e permitiam a ligação entre a seringa e a pele (World Health Organization, sd: 21-23). Através da perfuração na pele, estas agulhas conseguem alcançar veias, artérias, músculos e células, possibilitando, também, a recolha de outros fluídos, algo fundamental para efetuar diagnósticos in vitro (Cavassana, 2017: 16). Os diagnósticos in vitro, segundo o Grupo Isoder (2021), permitem avaliar as predisposições das pessoas para as doenças, e, consequentemente, atuar, através de tratamentos preventivos e precoces.
Por último, estas agulhas podem ser usadas na administração de medicamentos injetáveis, têm diferentes tamanhos e, atualmente, são usadas apenas uma vez, tendo em conta o risco de transmissão de doenças, já que penetram no corpo (Cavassana, 2017: 25). Também devem ser manuseadas com muita precaução, para não penetrarem a uma profundidade maior do que a aconselhada (World Health Organization, sd: 70).
