Revista do Lusitânia
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Documentação Gráfica e Cartográfica

Descrição:
Revista composta por capa, contracapa e 24 páginas todas elas com texto. Na capa apresenta um floreado a demarcar a página. No seu interior contém testemunhos de várias individualidades políticas e religiosas, representantes de instituições americanas e portuguesas, que elogiam o trabalho do Instituto do Lusitânia e do seu fundador, Pe. Manuel Rocha. Contém uma imagem do Pe. Dr. Manuel Rocha, um panfleto sobre a vida do Pe. Dr. Manuel Rocha e um outro sobre as exéquias do seu funeral.
Padre Doutor Manuel Rocha nasceu a 22 de dezembro de 1907 na Vila da Praia, ilha Graciosa, tendo falecido a 20 de dezembro de 2000 em Ludlow, Massachusetts, E.U.A. (Assento de óbito 96/2000 do Consulado Geral de Portugal em Boston). 
Em 1919 ingressou no Seminário de Angra do Heroísmo e posteriormente matriculou-se na Universidade Gregoriana, onde se licenciou em Filosofia e Teologia. Doutorou-se em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Lovaina na Bélgica, onde colaborou com o fundador da Juventude Operária Católica, Cardeal Cardijn.  
Ainda em Lovaina, e em conjunto com o padre  Manuel Varzim , Manuel Rocha foi encarregado de elaborar as bases da Ação Católica Portuguesa, que viriam a ser publicadas em 1933.
A sua tese de doutoramento, aliás, constitui o prenúncio da sua atitude irreverente face ao regime salazarista implantado em Portugal e, por outro lado, anuncia os pilares ideológicos que marcariam o seu percurso -  "Travail et salaire a travers la scolastique".
Fundou com o Padre Manuel Varzim o jornal "O Trabalhador", onde eram veiculada, entre outras, a doutrina social da Igreja aliada às liberdades de associação política e sindical. Este trabalho de divulgação de ideais pró-socialistas despoletou perseguições políticas que o forçariam ao exílio para os Estados Unidos da América no final dos anos 40 do século XX, nomeadamente por ação do Cardeal Cerejeira. 
Fiel aos ideais da ação social da Igreja, continuou esse trabalho na cidade de Ludlow onde fundou a paróquia portuguesa de Nossa Senhora de Fátima, que prestou acolhimento e muito auxílio social a emigrantes graciosenses e açorianos, e o "Instituto Lusitânia", para a promoção da língua e cultura portuguesas, nomeadamente através da publicação da revista com a mesma designação.     
Foi condecorado pelo Governo Português com o Grau de Oficial da Ordem Militar de Cristo.
Em 2001, durante a sessão plenária de 24 de janeiro, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pelo seu falecimento. 
Conta quem com ele conviveu que, durante o período de férias de verão, enquanto estudante em Roma e posteriormente na Bélgica, quem passava na Rua da União Praiense poderia ouvir frequentemente o Hino da Internacional Socialista tocado por Manuel Rocha no piano mesa inglês que lhe fora oferecido pela madrinha e que ainda hoje permanece na casa que o viu nascer.
Conforme registado em testamento, foi sepultado no Cemitério de São Mateus, sua terra natal.
O largo que se situa em frente da casa onde viveu na ilha Graciosa tem o seu nome. 02.04.2024[NV]

Dimensões:
Revista : A. 27.7 x L. 21.3 cm
Nº de Inventário:
MG1D
Data de produção:
1989
Material e técnicas
Papel - Impressão
Entidade relacionada
Museu da Graciosa

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