Pulverizador
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Ciência e Tecnologia
Casa Hipólito
- Autor

Título Alternativo:
Maquina de Sulfatar
Descrição:
Pulverizador Hipólito é uma maquina de pressão em cobre usado para sulfatar árvores de fruto e/ou vinhas. Em 1902 António Hipólito, jovem migrante de Alcobaça para Torres Vedras, fundou uma empresa de metalomecânica ligeira, em nome individual, à qual chamou A Industrial. Latoeiro de folha branca, rapidamente se apercebeu das oportunidades facultadas por uma sociedade marcada pela ruralidade em que a vitivinicultura tinha lugar de destaque. Começando pelo fabrico de lanternas de acetileno, expandiu-se para os equipamentos necessários à lavoura: pulverizadores, prensas de lagar, bombas de trasfega, torpilhas, etc. Apostando na qualidade e em preços acessíveis, ao mesmo tempo que dava atenção especial à divulgação dos seus fabricos através de publicidade na imprensa e participação em mostras e exposições, conquistou paulatinamente mercado local e nacional. De tal modo se notabilizou que o Governo Português o distinguiu em 1930 com a Comenda da Ordem de Mérito Agrícola e Industrial. Quando, por motivos de saúde, o Comendador António Hipólito, em 1944, entregou a gerência da fábrica aos filhos e ao genro, a empresa passou a sociedade por quotas com a designação de Casa Hipólito. Nessa altura já fabricava fogões e lanternas a petróleo, equipamentos domésticos que viriam a torná-la famosa em Portugal e no estrangeiro para onde passou a exportar parte significativa da sua produção. Nos anos 50 a 70 atingiu o auge da sua actividade e expansão através da licença exclusiva de fabrico da marca alemã Petromax e alargando a gama de produtos ao sector de gás em parceria com a Cidla, primeiro e a Shell depois. Construindo novas instalações e empregando centenas de trabalhadores, tornou-se a maior empresa do concelho de Torres Vedras e uma das principais do país no seu ramo. Em 1972 passou a Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada. Todavia, o impacto do ano de 1974 com a Revolução de Abril veio pôr a nu as deficiências estruturais de que já padecia: progressiva incapacidade de autofinanciamento, obsolescência do parque de máquinas e dos produtos fabricados, dificuldade em enfrentar a concorrência no sector vinícola, dificuldades em substituir o modelo de gestão familiar por outro mais adaptado ao crescimento da empresa. Nos anos 80 acentuou-se o percurso descendente. Em 1987 os credores impuseram um plano de recuperação e o controlo da gestão por via judicial. Iniciou-se um processo imparável de decadência que só terminou com a declaração de falência em abril de 1999. Do que foi a atividade fabril da Casa Hipólito restam as memórias de quem lá trabalhou, os numerosos e variados testemunhos da imprensa local e um Fundo Documental à guarda do Museu Municipal Leonel Trindade de Torres Vedras. Este trabalho que ora se apresenta resulta de uma investigação realizada sobre estas fontes informativas com uma dupla finalidade: preservar a memória social da Casa Hipólito, descrevendo o seu percurso de quase cem anos e registando as memórias de alguns que nela trabalharam; e propor formas concretas de tratamento museológico do património que dela foi possível salvar. Palavras-chave: memórias, Casa Hipólito, metalomecânica ligeira, vitivinicultura, nova museologia, património industrial. Pertenceu a Dércio Correia Picanço e foi doado pelo seu filho Rui Santos Picanço (atualmente emigrante nos Estados Unidos da América), como recordação de seu pai e sua mãe Maria Clementina Picanço, residentes na zona das Fontes, em Santa Cruz da Graciosa no decorrer do século XX. 17-12-2024 [MAB].
Dimensões:
Pulverizador : A. 45 x L. 40 x E. 18 cm
Nº de Inventário:
MG13841
Data de produção:
Séc. XX (década de 20)

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