Náufragos

Artes visuais

Canto da Maya (1890-1981)

- Autor

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Título Alternativo:

Escultura

Descrição:

A cena descrita na obra centra-se no tema da morte evocando em particular um episódio da vida do escultor que se prende com a perda prematura do filho Júlio António Canto da Maya no dia 27 de agosto de 1940, com apenas 20 anos de idade, que não sobreviveu ao naufrágio da embarcação na praia do mar da Lage, e cujo corpo nunca chegou a aparecer para sofrimento maior dos pais. Desde então, em consequência desta tragédia, Canto da Maya irá eternizar o motivo do filho morto nos braços do pai, tanto em terracota como em cimento, de que é exemplo a presente obra. O grupo escultórico constituído por três figuras, um casal e um jovem adolescente jazente nos braços da figura paterna que ampara nos braços o corpo inerte do filho envolto num manto. A figura materna acompanha a pose da figura masculina na curvatura do tronco em direção ao filho morto, de olhos fechados em profunda dor expressa no posicionamento das mãos juntas contra o peito. Contrariamente às figuras masculinas, veste túnica e manto que aderem aos contornos da silhueta. O realismo da correção anatómica das figuras, o posicionamento das mãos e a comoção das expressões convergem para sublinhar o drama humano. «Náufragos» foi exposto, pela primeira vez, em novembro de 1943, na Exposição Retrospetiva realizada em Lisboa. Em 1953, rumou ao Brasil onde figurou na 2.º Bienal Internacional de Arte Moderna de São Paulo. Por último, esteve ainda presente na exposição retrospetiva realizada em vida do escultor no Museu Carlos Machado, em 1977.  

Dimensões:

Suporte : A. 37 x L. 47 x P. 32 cm

Nº de Inventário:

MCM7111

Data de produção:

Ca. 1943

Material e técnicas

Terracota pintada - Escultura

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