Presépio
Presépio

Presépio

Etnografia

Título Alternativo:
Lapinha
Descrição:
Nos Açores, as primeiras referências a presépios remontam ao século XVI, por influência da fixação nas ilhas da Ordem dos Franciscanos, mas foi no século seguinte que os presépios de lapinha ganharam expressão, confecionados pelas religiosas nos conventos, decorados com minúsculas conchas e flores artificiais, de onde sobressaiam figuras de barro representando a Sagrada Família. No século XIX, os presépios entraram no domínio da arte popular e, em São Miguel, as lapinhas continuaram a produzir-se em espaço doméstico e a título particular. Tradicionalmente, as lapinhas permaneciam em exposição todo o ano, colocadas em cima da cómoda do quarto de cama, ou em destaque noutra divisão da casa. A designação lapinha é o diminutivo de «lapa» com o significado de gruta, por analogia ao local do nascimento de Jesus.
Este presépio de lapinha apresenta-se dentro de caixa de madeira e vidro e tem como fundo um pano de linho pintado com uma paisagem de Belém, servindo de "cenário" para toda a composição. É um presépio composto por várias figuras representando num primeiro plano o nascimento de Jesus e em toda a envolvência quadros do quotidiano de época. As figuras que compõem esta lapinha são de cariz regional e de outras proveniências, apresentando assim várias dimensões e tipos de policromias. Este presépio de lapinha pertenceu ao poeta, dramaturgo e etnógrafo açoriano, Armando Côrtes Rodrigues (1891-1971). Segundo o Dr. Jacinto Soares de Albergaria, no Correio dos Açores, de 21 de agosto de 1979, este presépio foi “feito carinhosamente” pelo Dr. Armando Côrtes-Rodrigues, que o tinha em exposição no quarto de jantar da sua casa, em Ponta Delgada.  05.12.2023 [SFS]

Dimensões:
A. 51,5 x C. 91,5 x L. 51,5 cm
Nº de Inventário:
MCM10142
Data de produção:
Séc. XX (1ª metade)
Material e técnicas
Madeira
Vidro
Barro cozido
Gesso
Linho
Entidade relacionada
Museu Carlos Machado

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