Embaixada de São Francisco Xavier à Côrte do Rei do Bungo, no Japão
Embaixada de São Francisco Xavier à Côrte do Rei do Bungo, no Japão

Embaixada de São Francisco Xavier à Côrte do Rei do Bungo, no Japão

Arte Sacra
Bento Coelho da Silveira (1620-1708)
- Autor (atrib.)

Título Alternativo:
Pintura Religiosa
Descrição:
Atribuída a Bento Coelho da Silveira (ca 1620-1708), pintor régio de D. Pedro II e um dos mais prolíferos artistas do seu tempo, esta obra faz parte de um conjunto de quatro telas de grandes dimensões, pertencentes ao espólio da antiga igreja dos Jesuítas, de Ponta Delgada, que retratam episódios da vida de São Francisco Xavier (1506-1552). Precursor e co-fundador da Companhia de Jesus, Francisco Xavier desenvolveu a sua atividade missionária essencialmente na Índia e no Japão, o que lhe valeu o epíteto de "Apóstolo do Oriente". Beatificado em 1619, foi canonizado, conjuntamente com Santo Inácio de Loyola, em 1622. A pintura retrata a visita de Francisco Xavier ao rei do Bungo (actual Oita), no ano de 1551, mais concretamente o momento em que é recebido por um irmão do monarca, imediatamente antes de aceder à antecâmara real. A representação segue o relato do padre João de Lucena, na A História da Vida do Padre Francisco de Xavier e do que na Índia Oriental fizeram os demais religiosos da Companhia de Jesus, publicada em Lisboa, em 1600, que o descreve trajando ”como se houvera de ir numa procissão solene, vestida uma loba de chamalote preto sem águas, e a sobrepeliz em cima com sua estola de veludo verde guarnecida de brocado ao pescoço”. Francisco Xavier apresentava-se ali como Núncio e Legado papal, à frente um grupo de trinta nobres portugueses ricamente trajados e acompanhados de escravos, pajens e escudeiros. Continuando a citar João Lucena, o Capitão “Duarte da Gama ia diante com uma cana na mão representando um porteiro-mor ao qual seguiam cinco dos mais honrados e ricos. Um com o livro do catecismo metido num saco de cetim branco; outro com um retábulo da Virgem coberto com um pano de damasco roxo; o terceiro levava o bordão, que era de cana de Bengala com seu castão de ouro; o quarto um sombreiro de pé pequeno; e o quinto umas chinelas de veludo preto”. A pintura transcreve quase literalmente o relato, apenas com algumas liberdades de composição.
Dimensões:
A. 187 x L. 243 cm
Nº de Inventário:
MCM5709
Data de produção:
Séc. XVII (ca. 1670-1675)
Material e técnicas
Óleo s/tela

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