Frederico A. Vasconcelos


Nome completo:
Frederico A. Vasconcelos
Fotografia - Maria Cristina Brum - Museu de Angra do Heroísmo

A família Frederico de Vasconcelos, desde o final do século XVIII, foi protagonista e empreendedora em imensas indústrias, como a do álcool, dos cereais, dos vinhos e licores, das vassouras, do vinagre, dos laticínios, das carnes, dos refrigerantes entre muitas outras, para além de participações noutras áreas de negócio, tal como se pode ler e aprender no artigo de Valdemar Mota, publicado em 2004, no Boletim do Instituto Histórico da ilha Terceira - Vol. LXII: 219-289.
Luís José de Vasconcelos, que, em 1795, já residia na ilha Terceira, foi a pessoa que introduziu a família na área empresarial, nos Açores, nomeadamente, na exportação da laranja para Portugal continental, Europa e América. Inclusivamente, era Vitorino José de Vasconcelos, pai de Luís José, quem recebia, em Portugal continental, a exportação da laranja dos Açores, distribuindo-a, posteriormente, nesse território (Mota, 2004: 241-242).
A partir daí, os inúmeros negócios em que a família estava envolvida continuaram com as gerações vindouras e, no último quartel do século XIX, a família estava envolvida no comércio por grosso e a retalho de bens, tais como, petróleo, batata doce, vinho tinto e branco, velas, azeite doce, fermento, trigo, óleo de linhaça, entre outros (Mota, 2004: 241-247). Também efetuava exportações de milho e de gado vivo, à escala regional. No século XX, a família mantinha estas duas áreas de negócio (comércio e exportação de bens), tendo estado envolvido em inúmeras outras, como a produção de refrigerantes e de pirolitos, os quais foram bem recebidos e consumidos pela população local e que, inclusivamente, eram exportados para as comunidades açorianas a viver no Canadá e nos Estados Unidos da América (Mota, V: 219-267).
A indústria do álcool, também a partir do último quartel do século XIX, tanto na Terceira como em São Miguel, teve a participação desta família, especialmente após o fim do comércio e da exportação da laranja (Mota, 2004: 249). Nos Açores, chegaram a existir 5 fábricas de álcool, 2 na ilha Terceira e 3 na ilha de São Miguel, mas a crise vinícola em Portugal continental, no início do século XX, contribuiu para a estagnação na produção de álcool nos Açores, daí a família Frederico de Vasconcelos se ter dedicado, posteriormente, à produção de açúcar de beterraba-sacarina (Mota, 2004: 251).
Frederico João de Freitas e Vasconcelos, o último herdeiro da família, nascido no ano de 1921, ao contrário dos seus antepassados, não enveredou pela área empresarial, tendo protagonizado uma carreira na diplomacia, nomeadamente, em Washington, D.C., como Conselheiro do Embaixador de Portugal na Capital dos Estados Unidos da América, Dr. Franco Nogueira (Mota, 2004: 220). Apesar desta opção, o Dr. Frederico João e Vasconcelos manteve os negócios da família e seguiu-os com a proximidade que lhe era possível.
Em 1993, o Dr. Frederico João de Freitas e Vasconcelos faleceu (Mota, 2004: 219) e, mais tarde, a firma Frederico A. Vasconcelos (Herdeiros), Ld.ª dividiu-se em duas, e, atualmente, continuam com os nomes ligados à família Frederico de Vasconcelos. As empresas são a Frederico A. Vasconcelos (Herdeiros), Ld.ª e a FAV-Comércio Agrícola, Ld.ª. A Frederico A. Vasconcelos (Herdeiros), Ld.ª, segundo a Kompass (sd), foi fundada em 1948 e a Empresite (2020) também menciona que a fundação ocorreu por volta dessa data, ou seja, quando Frederico Pereira de Vasconcelos e o seu filho Frederico João de Freitas e Vasconcelos eram vivos. Dedica-se, presentemente, ao comércio por grosso de produtos petrolíferos (Ciberforma Lda, 2018; Empresite, 2020; Kompass, sd; Racius, 2021) e ao transporte rodoviário de mercadorias (Racius, 2021). Já a FAV-Comércio Agrícola, Lda, foi fundada no ano de 2000, segundo a Ciberforma Lda (2018) e a Kompass (sd), dedicando-se, na atualidade, ao comércio a retalho de combustível para veículos a motor, em estabelecimentos especializados (Ciberforma Lda, 2018; Empresite, 2020; Kompass, sd; Racius, 2021), bem como ao comércio a retalho de tintas, vernizes e produtos similares, também em estabelecimentos especializados, de acordo com a Racius (2021). 
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